Sobre mim
Meu nome é Francisco, sou formado há 20 anos em Educação Física, pós-graduado, com diversos cursos na área de treinamento integrado, movimento, kettlebel, treinamento de força, condicionamento, psicologia.
Fui praticante de musculação durante muitos anos. Seguia a linha do fisiculturismo. Todo treino era voltado para hipertrofia, aumento da massa muscular. Com o passar do tempo foram aparecendo algumas lesões. Dores articulares, que na maioria das vezes eram ignoradas. Era um treino voltado para estética. Ficar forte!
Pouco se falava de movimento, a predominância era músculo, o trabalho isolado.
Chegou um momento que eu tinha tantas dores que estava ficando difícil de treinar, meu repertório de exercícios estavam diminuindo e comecei a trabalhar outros exercícios e grupos musculares (os que não doíam) e isso gerou um grande desequilíbrio no meu corpo. À situação só piorava.
Então, procurei ajuda médica. Cada médico que visitei tinha opinião e tratamento diferentes. Descobri que tinha uma artrose acrômio clavicular no ombro direito, uma epicondilite no cotovelo direito crônica (sentia dor 24 horas por dia). Dando aulas de Personal durante o dia tinha dificuldade de segurar halteres de 3 quilos para meus alunos, pois estava sem força na mão direita por causa das dores. Eu tinha na época 27 anos.
Cheguei a fazer infiltração, corticoide, alguns anti-inflamatórios, acupuntura, muita fisioterapia, ressonância magnética e nada. Estava desesperado por não ver progresso e continuar com fortes dores. Aquilo foi me fazendo muito mal, era frustrante. Passei a desacreditar de uma série de coisas.
Depois das últimas 20 sessões, ficou claro que aquele tratamento não estava funcionando para o meu caso.
Comecei a estudar, ler mais, conversar com outras pessoas que seguiam outra linha de treinamento, uma outra visão da linha que seguia. Não queria abandonar a musculação, era o que eu gostava, mas já não tinha nenhum sucesso nos treinos, totalmente desmotivado e com dores. Depois descobri outra artrose do ombro esquerdo e meses depois uma hérnia de disco. Estava completo.
Com base nessa nova abordagem que me foi apresentada, iniciei uma imersão. Fiz cursos e mais cursos para me aprofundar no assunto. Era algo novo, coisas que nunca tinha ouvido falar. Comecei a acreditar mais na linha do movimento, foi quando coloquei algumas coisas em prática. Passei a olhar nosso corpo de outra forma, como ele funciona, cada articulação, o significado delas.
Nosso corpo conta uma história e conversa com a gente, mas muitas vezes nós o ignoramos.
Comecei a resgatar padrões de movimento que havia perdido com o tempo. Passei a movimentar mais meu corpo, mobilidade, estabilidade. Aos poucos as dores que me incomodavam há anos foram sumindo, me sentia muito bem!
A grande preocupação que eu sempre tive, como a maior parte das pessoas que treinam, era fortalecer a musculatura, mas muitas vezes nosso corpo está carente de movimento, nossas articulações não trabalham como deveriam, nossa estrutura não se move bem, está totalmente desorganizado, desequilibrado pelo nosso estilo de vida e na maioria das vezes é colocado carga em cima de uma articulação que não funciona bem, e o resultado final é dor. É o exercício certo mas em um corpo que está com uma função inadequada!
Depois de muitos cursos e experiência prática comecei a entender o porquê dos procedimentos que nunca davam certo. Porque era tão frustrante. A resposta estava comigo: Trabalhava muito, dormia pouco, muitas dores, estressado, treinava colocando o máximo de carga que conseguia. Um corpo que estava totalmente tenso, uma bomba relógio!
Você corre para os médicos buscando uma solução imediata? Não funciona assim! Converse primeiro com seu corpo e fique atento aos sinais que ele está te dando.
- Dormir bem
- Incluir movimento no seu dia
- Alimentação adequada
- Administrar o stress
Nossa população é muito carente de movimento e isso tem relação com o estilo de vida: passamos muito tempo sentados, temos carro automático, dormimos pouco, nos alimentamos mal, alto nível de stress então as dores vão se instalando, depois correm para academia para treinar. Onde só se fala em exercício. O exercício que “pega mais”, o exercício “mais forte”, é o que as pessoas querem saber, muito pouco se pensa em movimentar-se.
Prepare seu corpo antes, melhore seu movimento, conquiste o direito de fazer exercícios aproveitando seus benefícios!
Para Refletir:
Que tipo de força você quer trabalhar? Força para competição ou força para sobrevivência?